A Cruz Vermelha de Moçambique (CVM) iniciou com o exercício de Educação Pública em resposta ao novo Coronavírus.
As acções consistem na capacitação de voluntários em matérias de prevenção e controlo do COVID-19 seguido de fixação de cartazes, em lugares de maior aglomeração populacional na Cidade de Maputo, com mensagens de sensibilização sobre a prevenção desta Pandemia.
O Centro dos Primeiros Socorros (CPS) agora conta com uma ambulância para reforçar e dar mais agilidade aos atendimentos de urgência e emergência. No dia 20 de Março esta unidade de negócios da Cruz Vermelha de Moçambique (CVM) registou um marco que há muito era esperado por esta instituição.
A ambulância, que vai atender numa primeira fase a Cidade de Maputo, foi conseguida por meio de esforços da própria CVM o que traduz-se em resultados positivos do trabalho desenvolvido pelas unidades de negócios na angariação fundos.
Segundo o Director do CPS, João Fidélis, a ambulância é uma conquista pois foi adquirida por esforço próprio da CVM, sem apoio de nenhum parceiro, e que o CPS tem pessoal treinado para responder situações de emergência pré-hospitalar.
“Há muito tempo que CVM sonhava em voltar a ter uma ambulância própria que iria melhorar a actuação do CPS e facilitar as sessões de simulações desenvolvidas por nós. A Cruz Vermelha está de parabéns”, disse o Director do Centro dos Primeiros Socorros da Cruz Vermelha de Moçambique.
A cerimónia oficial da recepção da ambulância foi realizada em Maputo, no recinto da Sede Central, tendo contado com os funcionários da CVM, alguns membros do Conselho Executivo Nacional e o Staff do CPS, no entanto, coube ao Presidente da Cruz Vermelha de Moçambique, Avelino Mondlhane, “Baptizar” a ambulância.
O Presidente da CVM espera que a ambulância dinamize o trabalho do CPS na resposta as emergências em locais onde seja possível fazer a cobertura com a mesma, acrescentando que, para além de melhorar a intervenção do CPS nas comunidades, seja uma fonte de renda que permitira com que a CVM compre outras ambulâncias.
De referir que a CVM esteve durante nove anos sem ambulância própria. Contudo, esta ambulância é adquirida num contexto em que Moçambique já registrou o primeiro caso oficial de COVID-19 e a CVM já havia iniciado treinamentos de voluntários, em Maputo, para responder a pandemia do novo coronavírus.
A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) entregou, formalmente na cidade da Beira, no dia 17 de Janeiro de 2020, a Maternidade e Centro de Saúde de Macurungo à Cruz Vermelha de Moçambique (CVM), obras reconstruídas pela CVP com donativos angariados no âmbito da “Operação Embondeiro por Moçambique”.
A iniciativa, designada por Operação Embondeiro, teve início exactamente a seguir ao Ciclone Idai que devastou a Província de Sofala, em Março de 2019. Na totalidade, foram angariados 2.659.357,16 de euros.
Foram envolvidos, na angariação de fundos, mais de 300 voluntários, mais de 250 entidades do sector privado, social e público e milhares de doadores particulares.
Marcaram presença na cerimónia, o Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, Francisco George, o Presidente da Cruz Vermelha de Moçambique, Avelino Mondlhane, o corpo clínico do complexo de saúde de Macurungo e representantes das Autoridades de Saúde da Província de Sofala.
Veja mais fotografias na página web da Cruz Vermelha Portuguesa.
No âmbito do Projecto “Apoio ao Município de Maputo mediante acções comunitárias que promovem a saúde pública e a melhora da gestão do meio ambiente nos mercados de Mavalane, Benfica e 1 de Junho, na Cidade de Maputo”, implementado pela Cruz Vermelha de Moçambique (CVM) e a Cruz Vermelha Espanhola (CVE), em parceria com o Conselho Municipal de Maputo, foi inaugurado um Mural pintado na Escola Primaria Completa Unidade 29, no Bairro George Dimitrov, em Maputo.
A actividade foi realizada durante 12 dias, em colaboração com estudantes e pessoal docente da Escola Nacional de Artes Visuais de Maputo (ENAV). O Mural com 100 metros de largura dispõe de ilustrações e mensagens informativas e educativas para a comunidade residente na área adjacente à Escola Unidade 29 e mercado George Dimitrov sobre as medidas à aplicar para a prevenção de doenças hídricas asssim como das relacionadas com a higiene e saneamento do meio que são os casos de malária, cólera e diarreias.
Nesta inauguração estiveram presentes a Direcção, pessoal docente e comunidade estudantil da Escola Primária Completa Unidade 29, a Secretária do Bairro George Dimitrov e chefe do quarteirão, representações da Cruz Vermelha de Moçambique e Cruz Vermelha Espanhola, bem como representantes da Direcção Municipal de Mercados e Feiras e pessoas residentes no bairro.
No acto de inauguração à ocasião, as(os) alunas(os) da Escola Unidade 29 beneficiaram de uma palestra ministrada pela equipa de Voluntariado da Cruz vermelha de Moçambique sobre as regras de higiene necessárias para evitar a cólera, diarreia e malária. A palestra esteve em concordância com as mensagens que o Mural apresenta, desde a higiene pessoal, a limpeza do ambiente doméstico até o uso das redes mosquiteiras. Em paralelo, foi feita uma demostração para as(os) alunas(os) sobre o processo correcto de higienização das mãos.
Para alunos como Adélia Carlos Marcos e Alfredo Nuvunga da 5ª classe, as mensagens contidas no Mural permitiram-lhes adquirir e reforçar conhecimentos sobre a hábitos de higiene adequados que permitem evitar doenças, pelo que compromentem –se a transmiti-los aos seus familiares em casa. Salientaram que gostavam que a Cruz Vermelha pudesse pintar mais murais em outras escolas do Bairro para ajudar a mais pessoas da comunidade à prevenir doenças.
De acordo com o professor de ENAV, Calisto Necuane, foi um desafio trabalhar num Mural de 100 metros de largura, pois a equipa de traballho passou 12 dias no local enfrentando muitas dificuldades, como por exemplo, a variação da temperatura ambiente. “Mas valeu a pena e estamos satisfeitos com o resultado final. Esperamos que, com este projecto, a ENAV possa contribuir, como instituição de arte, com estas imagens para educar sobre questões de saúde pública, pois à medida que as pessoas forem passando irão retendo as mensagens do mural sobre a importância da higiene”, disse Calisto.
Para o Director da Escola Primária Completa Unidade 29, Amílcar Zandamela, o Mural inaugurado constitui uma iniciativa positiva dado que permite uma boa ilustração da realidade. “Nós como uma instituição de ensino recebemos com muito gosto esta iniciativa porque vamos passar a difundir informações mostrando in loco a correcta gestão dos resíduos sólidos e como prevenir as doenças que assolam a comunidade. Vamos fazer os possíveis para que o Mural se mantenha em mesmas boas condições”, disse Zamdamela.
Neste contexto, a CVE e a CVM, representadas pela Delegada Edna Chongo e pela Secretária Maria Rosária Guiticua, respectivamente, mostraram satisfação pela forma como ambas Escolas (ENAV e EPC Unidade 29) acolheram e colaboraram activamente com esta iniciativa, apoiando à Cruz Vermelha e ao Conselho Municipal de Maputo, na sua acção de promoção da saúde pública no Bairro George Dimitrov e na cidade de Maputo. Ambas apelaram à comunidade estudantil e à Direcção da Escola para a conservação do mural de modo a este que possa ser o “Cartão de Visita” da Escola e do Bairro no geral.
