Na província de Sofala, comunidades sofreram fortes inundações no mês de Fevereiro deste ano. Mais de 140.000 pessoas foram affectadas pelas cheias. Quase 15.000 pessoas foram deslocadas e ficaram em centros de acomodação até que fosse considerado seguro o regresso para as suas comunidades. Famílias que já foram atingidas pelo ciclone Idai perderam de novo machambas e casas.
Em resposta às inundações a Cruz Vermelha de Moçambique (CVM) suportou as autoridades governamentais na busca e salvamento de pessoas, nos primeiros socorros dos feridos e na distribuição de itens de socorro de emergência.
Em cooperação com o INGC, a CVM e a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) distribuíram comida a 217 famílias em Muchenessa, no distrito de Búzi, no dia 29 de Fevereiro. Cada família recebeu 25 kg de arroz, 2,5 kg de feijão e 1,5 litros de olho.
A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) entregou, formalmente na cidade da Beira, no dia 17 de Janeiro de 2020, a Maternidade e Centro de Saúde de Macurungo à Cruz Vermelha de Moçambique (CVM), obras reconstruídas pela CVP com donativos angariados no âmbito da “Operação Embondeiro por Moçambique”.
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente de Portugal (2º à esq.), Francisco Gerge, Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa (2º à dir.), e Avelino Mondlhane, Presidente da Cruz Vermelha de Moçambique (à dir.), em Macurrungo (Foto: Henryeth Forner/IFRC)
A iniciativa, designada por Operação Embondeiro, teve início exactamente a seguir ao Ciclone Idai que devastou a Província de Sofala, em Março de 2019. Na totalidade, foram angariados 2.659.357,16 de euros.
Foram envolvidos, na angariação de fundos, mais de 300 voluntários, mais de 250 entidades do sector privado, social e público e milhares de doadores particulares.
Marcaram presença na cerimónia, o Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, Francisco George, o Presidente da Cruz Vermelha de Moçambique, Avelino Mondlhane, o corpo clínico do complexo de saúde de Macurungo e representantes das Autoridades de Saúde da Província de Sofala.
A Cruz Vermelha de Moçambique (CVM) pretende admitir para o seu quadro do pessoal, oito (8) Técnicos Distritais de Saúde para as províncias de Manica (3 elementos), Sofala (2 elementos) e Tete (3 elementos), a basearem-se nos distritos ainda por se indicar.
Duração: 12 meses
Principais Responsabilidades do Técnico Distrital da Saúde:
Implementar actividades de Saúde, Primeiros Socorros Baseados na Comunidade (SPSBC) no distrito de acordo com a proposta, quadro lógico e plano de actividades;
Monitorar e assistir actividades de desenvolvimento de Saúde Primeiros Socorros baseados na comunidade e em actividades de Preparação e resposta a desastres;
Supervisar e organizar as actividades dos Supervisores e Voluntários no terreno;
Apoiar na identificação e selecção das famílias mais vulneráveis na comunidade;
Apoiar na capacitação, em serviço de Voluntários/as, comissão distrital da CVM e dos beneficiários;
Participar na emissão de pareceres técnicos sobre o programa e sobre outras áreas ligadas ao Programa;
Planificar e elaborar relatórios mensais e trimestrais dentro dos prazos estipulados;
Garantir a execução correcta e eficiente das actividades da sua competência;
Fazer visitas de supervisão/monitoria e dar apoio técnico, Supervisores e Voluntários
Desenvolver todas aquelas actividades necessárias para atingir os objectivos do Projecto;
Recolher relatórios dos voluntários e compilar, e submeter ao técnico Provincial
Representar à CVM nas reuniões do Sector ao nível distrital e em outras em que for incumbido pelo seu superior
Experiência em gestão de equipas e de trabalho em projetos com ONG’s.
Requisitos:
Possuir médio/básico na área de Saúde, de preferência na área medicina preventiva ou áreas a fim
Pelo menos 3 anos de experiência numa área relevante;
Experiência de gestão de projectos, de trabalho numa ONG;
Experiência no trabalho de extensão rural e com camponeses de forma individual ou colectiva;
Experiência em técnicas participativas de comunicação com as comunidades rurais.
Os (as) interessados (as) deverão enviar as suas candidaturas até ao dia 15 de Janeiro de 2020, a carta de manifestação de interesse, para a Cruz Vermelha de Moçambique:
CVM – SEDE CENTRAL MAPUTO, Av. Agostinho Neto Nº 284, C.Postal Nº 2986 ,Contacto 258 – 823012251/2, Email: trafina.dava@redcross.org.mz
Beira/Genebra, 8 de novembro de 2019–Mais de meio ano desde que os ciclones Idai e Kenneth atingiram Moçambique, milhares de pessoas estão em risco de contágio de doenças e agravamento da insegurança alimentar durante a próxima estação chuvosa. Prevê-se que a insegurança alimentar afectará 2 milhões de pessoas em Moçambique no início do próximo ano, e quase 38.000 crianças estão actualmente em risco de desnutrição. As comunidades afectadas pelos ciclones recentes estão entre as que mais estão em risco.
Os danos causados nas instalações de água, saneamento e higiene pelos dois ciclones são em parte responsáveis pelo aumento dos riscos à saúde. As comunidades nas áreas mais pobres da Beira urbana e periferia têm instalações inadequadas de água e saneamento, expondo as famílias a doenças.
A Dra. Jemilah Mahmood, subsecretária-geral de parcerias da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV), esteve no centro de Moçambique, a liderar uma delegação de alto nível de funcionários da Cruz Vermelha e doadores que visitam áreas afectadas pelos ciclones Idai e Kenneth. Ela disse:
“A estação chuvosa representa uma ameaça real à saúde das comunidades que já estão em estado de extrema vulnerabilidade. Moçambique é um dos países mais propensos a desastres do mundo. Temos visto uma tendência clara de aumento de desastres deste tipo.”
“Sabemos que futuros desastres ocorrerão; não podemos impedi-los. Mas podemos reduzir massivamente os impactos das mesmas investindo na capacidade humanitária local, melhorando as práticas e infra-estrutura de saneamento e higiene, e construindo abrigos mais fortes que possam enfrentar tempestades.”
O devastador custo humano e econômico dos ciclones Idai e Kenneth se deve em grande parte à falta desse tipo de investimento em projectos preventivos e ações antecipadas. Em maio, a FICV informou que o preço associado às operações de resposta humanitária da Cruz Vermelha e da ONU após os dois ciclones seria de aproximadamente 1.000 vezes os 340.000 francos suíços que a FICV disponibilizou antes que o Idai atingisse terra firme para ajudar a evacuar e preparar comunidades em risco.
Mahmood também disse:
“Esta é uma das lições mais dolorosas e pertinentes de Moçambique: os investimentos em preparação são críticos para reduzir o sofrimento humano e salvar inúmeras vidas. Apelamos aos governos, doadores e atores humanitários para que façam mais para prevenir e reduzir o impacto de futuros desastres aqui em Moçambique.”
A Cruz Vermelha está a trabalhar com as comunidades afectadas para que as mesmas se prepararem para a próxima estação chuvosa e futuros desastres. Isso inclui reconstruir casas resistentes a inundações e ventos, apoiar na prevenção de surtos comunitários e ajudar os agricultores a cultivar culturas mais fortes para combater a insegurança alimentar. A Cruz Vermelha prestou assistência a mais de 192.000 pessoas e continua a apoiar as pessoas mais vulneráveis, oferecendo abrigo, serviços de saúde, água, saneamento, promoção de higiene, assistência alimentar, apoio psicossocial e de subsistência.
Esta atualização de operação no. 3 relata as realizações do Plano de Ação de Emergência para Moçambique liderado pela FICV e CVM em resposta ao ciclones Tropicais Idai e Kenneth. Os números apresentados refletem o período de 15 de junho a 30 de setembro de 2019. Desde a publicação do primeiro apelo de emergência, a soma foi aumentada de 1.000.000 francos suíços (CHF) a 32.000.000 CHF, e 80% desta soma já foi entregue. Um plano de ação de emergência revisado será publicado em breve, levando em consideração o planejamento das atividades de recuperação e ajustando o orçamento operacional da FICV e CVM de acordo com os fundos disponíveis, a esperar que novas contribuições sejam concretizadas, dadas as terríveis necessidades de recuperação observadas nas províncias afetadas.
Destaques da atualização de operações:
• Um total de 225.184 itens de ajuda distribuídos até o momento a 142.805 beneficiários desde a fase de emergência, incluindo itens não alimentares, e serviços de água, saneamento, alimentação e saúde;
• 15.329 pessoas já tiveram acesso a pontos de saúde comunitários e 19.512 participaram de consultas de apoio psicossocial.
• 26.918 pessoas foram alcançadas pelas atividades de promoção da higiene, 36.492 por meio da restauração de bombas de água manuais e 13.413 pessoas pelo acesso a instalações de saneamento melhoradas.
• Recuperação: as primeiras 18 casas estão a ser construídas nas áreas rurais, e 21 famílias foram treinadas nas técnicas de Construção Segura.
A visita do Crescente Vermelho do Qatar (QRC) à Cruz Vermelha de Moçambique (CVM) visava a interacção sobre o Plano Estratégico da CVM ao mesmo tempo que contemplava o estabelecimento de cooperação bilateral entre as duas sociedades nacionais.
Durante os 4 dias de visita, de 19 a 22 de Julho, foram conjuntamente exploradas as possíveis áreas de cooperação entre o QRC e a CVM e identificadas as oportunidades para que as duas sociedades nacionais materializem tal cooperação.
O Crescente Vermelho do Qatar manteve também encontros com a Delegação de CVM em Sofala, na Cidade da Beira, onde culminou com visitas de campo às zonas mais afectadas pelo Ciclone Tropical Idai naquela província, tendo ainda, como parte da sua agenda da visita à Moçambique, tido encontros com o Governo Moçambicano, em particular, o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades e o Ministério da Administração Estatal e Função Pública.
Operation Update Mozambique: Tropical Cyclones Idai and Kenneth
This Operation Update no. 2 provides updated information on the first three month of the IFRC and CVM response to Tropical Cyclone Idai and Kenneth, 15th of March to 15th of June. This update reports on the Emergency Appeal submitted on March 19th, 2019 and revised on March 25th, 2019 and revised on 4th of May to include the response for Cyclone Kenneth. The Emergency Appeal was raised from 1,000,000 CHF to 32,000,000 CHF. The revised Emergency Plan of Action will be published soon taking into consideration the long-term planning and additional recovery activities.
Highlights of the Operations Update:
• Up to 114,055 people were assisted with emergency interventions and distributions of NFIs and Shelter Items.
• Up to 44,987 people were reached by Health interventions including ORPs set-up in response to the Cholera outbreak in April 2019.
• Up to 28,712 people were reached with Water, Sanitation, and Hygiene activities specifically in camps where IDPs had settled in.
A empresa suíça Orell Füssli Security Printing doou 3.300 dólares americanos à Cruz Vermelha de Moçambique (CVM), através do Banco de Moçambique, para a assistência humanitária às vítimas dos ciclones Idai e Kenneth.
A entrega do comprovativo da transferência foi efetuada ontem, 04 de Julho, nas instalações do Banco de Moçambique, onde contou-se com representantes da Orell Füssli nomeadamente, o Director Geral e a Directora Regional de Vendas, o representante da Embaixada da Suíça em Moçambique, o Governador do Banco de Moçambique, o Secretário Geral e os Directores de Programas e Financeiro da CVM.
Cyclone Idai and Kenneth: Responding as a Red Cross and Red Crescent Movement
Cyclone Idai made landfall on 15 March 2019 in central Mozambique, wreaking havoc on Beira and its surrounding areas, resulting in significant damage and destruction to homes and settlements, health, water and sanitation facilities, as well as large swathes of crops, affecting more than 1.5 million people. On 25 April, a second cyclone made landfall in northern Mozambique, affecting a further 170,000 people in an area faced by armed violence.
Even before these disasters hit, Mozambique Red Cross was there, providing early warning and early actions to prepare communities in high-risk areas and prepositioning aid items. Volunteers quickly sprung into action, reconnecting lost loved ones, supporting rescue efforts and delivering emergency relief.
The Red Cross is supporting those most vulnerable by providing shelter; health; water, sanitation and hygiene promotion; restoring family links; psychosocial support; livelihoods; and dignified management of the dead. Red Cross has reached more than 164,000 of the most vulnerable with emergency relief so far.
Financiada pela Fundação Fernando Leite Couto (FFLC) e intermediada pela Cruz Vermelha de Moçambique (CVM), as obras para reabilitação da Escola Primária Completa Heróis Moçambicanos, situada na Cidade da Beira, província de Sofala, está avaliada em cerca de 10 milhões de meticais e faz parte das acções da fase da reconstrução de infra-estruturas levada a cabo pela CVM para a normalização da vida das pessoas afectadas pelo Ciclone Idai.
O Termo de Início das Obras de Reabilitação da referida escola foi assinado no passado 31 de Maio após a apresentação de um plano concreto de acções a serem realizadas pela CVM. O acto decorreu na Cidade da Beira e contou com a presença dos representantes da FFLC, da CVM, do Governo Provincial de Sofala, do Distrito da Beira e da empresa que vai executar a obra.
Até ao momento, a Fundação FLC conseguiu arrecadar cerca de 10 milhões de meticais para a reabilitação da Escola Heróis Moçambicanos, na Beira, e tem previsão de arrecadar fundos para a reabilitação da Escola Primária Completa Monte Siluvo, no Distrito de Nhamatanda que terá um custo total aproximado ao da primeira obra.